sabem aquele aperto no estômago? aquela sensação de nervoso miudinho e que alguém nos faz falta e que nada vai correr como queremos? que o vazio dessa pessoa é tanto? bolas. e, quando o cheiro dessa pessoa nos persegue o fim-de-semana inteiro? mais saudades ainda. só queria que estivesses aqui, um bocadinho. que me contagiasses com o teu positivismo excessivo e me fizesses rir até me doer a barriga.
30 de outubro de 2011
29 de outubro de 2011
fim? não, inicio
"Não faz sentido continuar a escrever palavras a ti dirigidas, a ouvir as
nossas músicas e lembrar-me de nós. Não faz sentido algum, já,
continuar a passar pela minha vida e ligando te à maioria das coisas. A
ver-te em todas as minhas ruas, a cruzar-me contigo em todas as
paragens. Identificando-te com cada felicidade e querendo-te de novo.
Porque, a verdade, é que não quero mais. Não quero, à muito que sei
isto. Mas, como sabes, só aceito a realidade quando contacto com ela, na
primeira pessoa, quando vou ao fundo do poço e sinto falta de ar e
necessidade de sair do sufoco rapidamente. E, aí tenho que arranjar uma
força qualquer para vir à superfície e sobreviver. Hoje, bati no fundo do poço.
Bati tão no fundo, que a dor que invadiu o meu coração destroçou cada
imagem tua, cada memória mais ou menos apagada, todas as tuas palavras
silenciosas, todos os gestos. Levou todas as saudades e todo o amor que
eu te tinha. Apagou toda aquela vontade de te ver, de te abraçar por
mais uma vez. Bati no fundo. O percurso até à superfície é longo. É
invadido por lágrimas, por palavras frias e acções impensáveis. É penoso
esse percurso, duro, cheio de espinhos. Mas, chegando ao fim dele, o
alivio, a calma e a sensação leve vão ser tantas que toda a dor vai
desaparecer também, como tu. Amanhã é outro dia. Um dia bem
melhor, de certeza. Hoje, vou chorar o que ainda há para chorar,
lembrar-me do que ainda pesa, recordar os teus traços e olhar uma última
vez as tuas fotografias. Vou pensar que ainda tenho esperança, que
talvez ainda me conseguisses fazer feliz. Mas, amanhã, faço questão de
manter distantes todas estas coisas. Faço questão de arranjar uma fuga à
tua existência. Faço questão de te tirar, de uma vez por todas, da
minha vida.
Porquê? Porque não é ao fim de tanto tempo que se percebe que não era isto que queríamos, não é? Foram só dois anos. Foram só tu e eu. Mas acabou. (Eu estou a dizer que acabou, vês? Um passo para sair do poço. Outros darei.)"
Porquê? Porque não é ao fim de tanto tempo que se percebe que não era isto que queríamos, não é? Foram só dois anos. Foram só tu e eu. Mas acabou. (Eu estou a dizer que acabou, vês? Um passo para sair do poço. Outros darei.)"
Não chamo a isto um fim. Chamo o inicio de um novo capitulo, um novo estilo de vida, uma nova perspectiva dos sentimentos, uma nova forma de amar, de me amar. E, essa parte faltou tantas vezes. Vezes em que amei alguém demais, deixando-me vaguear por aí. Mas, chegou a altura de eu me amar, de eu ser feliz, de eu lutar por mim. E, para isso nada melhor do que mudar tudo. Mudar as rotinas, mudar as músicas lamechas, apagar as fotografias e as mensagens. Arrumar as lembranças e seguir em frente. (DE UMA VEZ) E, é isso que vou fazer, a partir de hoje. :')
Publicada por
Margarida*
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