23 de novembro de 2011

conversas de margaridas

engraçado como, muitas das vezes, não conseguimos dizer aquilo que sabemos sentir, às pessoas que estão mais próximas. e, depois, há aquelas do nosso ciclo de amigos, com quem nem falamos muitas vezes nem acerca de assuntos mais íntimos, que nos tocam naqueles pontos sensíveis e nos fazem falar, falar, falar e até quem sabe chorar.
hoje, aconteceu-me isto. a M' iniciou a conversa e pediu-me ajuda para algo dela, ouvi-a, aconselhei-a e mostrei-lhe a minha opinião. a conversa evoluiu e partimos da história dela à minha. e, aí, eu falei, disse o que sentia e que não conseguia dizer a mais ninguém, sem ter medo de ser interrompida pelo meio ou criticada no fim. ela ouviu-me, percebeu-me, disse que sentia-a o mesmo e, ainda me aconselhou a ligar a cabeça ao coração, porque em separado eles não funcionam devidamente. e, a conversa desenrolou-se acerca da dualidade de gostar de alguém e amar alguém. sentimentos completamente diferentes, com pessoas completamente diferentes, em histórias nada parecidas. coabitam em conjunto, perturbam-se um ao outro, baralham-se constantemente, mas são capazes de chegar a algum lado seja ele qual for. e, no fim, resta-nos perceber se o sentimento que prevalece é o mais verdadeiro, o mais forte ou apenas o que mais nos convém.

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