24 de novembro de 2011

Ela cresceu!

É mais um aniversário, o teu aniversário e isso muda tudo. Porque, não é só o dia em que fazes 17 aninhos. É o dia em que os fazes e eu estou contigo (mesmo que não seja junto de ti).
Estás crescida, foda-se (interpreta este 'foda-se' como aquele que eu digo cheia de alegria, a saltar-te para cima).  Parece que foi ontem que tinhas 14 ou 15 anos e eu cheguei ao pé de ti e disse "Olha queres pertencer à minha lista para a A.E?", "Quem? Eu? Pode ser...". E, assim começou uma das melhores amizades do mundo. Não vou dizer que tudo foi um mar de rosas e que nunca tivemos as nossas crises, que nunca nos chateamos. Umas delas bem estúpidas, é verdade, outras que meteram em causa o que somos, outras em que só me apeteceu espancar-te. É verdade... Mas, de todas as vezes que aconteceu, serviu para vermos o que éramos na vida uma da outra e fortalecermos o que somos. Fazes parte de tanto, Cátia Sofia (lê o teu nome com a entoação que lhe costuma dar, se faz favor!). Já lá vão uns anos desde o nosso primeiro xi-coração, desde a primeira vez que foste disputada entre mim e o R. (já te disse para te sentires feliz por seres disputada por nós dois!), desde que me apelidas-te de Minnie e ficas a ser o meu Mickey (sim, somos muito atrasaditas, mas pronto). Já lá vai tanto tempo...
E, quem diria que a pessoa que me mostrou a felicidade durante tanto tempo, que me mostrou algo que marcou PARA SEMPRE a minha vida (sabes ao que me refiro! e, continuo a dizer que a culpa é tua, não tinhas nada que abrir o bico e dizer-lhe. mas enfim...) era a mesma com quem eu não podia, por me roubar o meu melhor amigo (ainda mais atrasadas éramos). E, essa mesma pessoa, tu, é aquela que me faz falta, perto de mim, todos os dias, que me apetece abraçar quando tudo desaba e me apetece agarrar e encher de beijinhos cada vez que estou feliz. Foram muitas as vezes que choramos nos braços uma da outra, muitas as vezes que ligamos só para ouvir a voz do outro lado dizer que ia ficar tudo bem. Conhecemos-nos demasiado bem, conhecemos demasiado uma da outra. Já tomamos decisões erradas, fizemos coisas impensáveis. Já batemos muito com a cabeça. Já chamamos muitos nomes uma à outra... E, continuo a dizer que adoro insultar-te! Adoro as nossas conversas por código (mesmo que sejam no corredor dos caixotes do lixo, numa loja qualquer). Adoro as tardes, os lanches e as bolas de berlim. Adoro as tuas luas e adoro a forma como lido com elas (não te ligando nenhuma!^^). Adoro coscuvilhar a vida alheia contigo. Adoro a forma como sorris e os nossos ataques de riso infinitos até nos doer a barriga. Adoro as tardes de parvoíce. Adoro partilhar a minha vida contigo.
Podes fazer as escolhas mais impensáveis e imaginárias, e mandar-me cada bomba que eu até caio de cu, mas sabes que vou sempre apoiar-te em tudo, estar sempre do teu lado e amparar-te a queda, secar-te as lágrimas e dizer-te que tudo vai passar e que vais conseguir. Sei que me farás o mesmo. És, tal como eu, excessivamente protectora. E, já te disse, deixa-me cair, deixa-me bater no fundo e depois ajuda-me a levantar. Não me protejas como o fizeste das últimas vezes, porque sabes que eu e a minha casmurrice só aprendemos quando mandamos com os c*rn*s na parede.
Lembraste, numa dessas tardes, me dizeres que não percebias o porquê de muitas das pessoas que julgavas serem a/o tua/teu melhor amiga/o já não o serem? Lembraste do que me disseste a seguir? De que poucas eram as pessoas que tinham a minha infinita paciência e te conheciam tão bem... É verdade, aturar-te é uma grande dor de cabeça, e conhecer-te é um desafio completamente impossível para muita gente. Mas, sabes que não sou de desistir e consegui...iuuuupiiii :D
Tenho pena que, algumas dessas tuas amizades (ele) tenham deixado de o ser por minha causa, por tudo o que aconteceu. Por não lhe admitires (nem a ninguém) que me fizesse mal. E, sabes o quanto gostaria que vocês voltassem a ser o que eram, antes de tal sujeito se tornar no que é, hoje em dia.
Faz-me um favor, nunca deixes de ser aquilo que és. Nunca mudes porque A ou B não gostam do que és e, não te importes com o facto de não lhes agradares. Sabes porquê? Porque eu conheço-te, melhor do que ninguém (posso dizer assim), e adoro esse teu jeito complicado, essa forma estranha como levas a vida, mesmo que não saibas para que lado hás-de cair. Lembra-te, o hoje pode ser uma incógnita mas, amanhã, já haverá uma luz qualquer (nem que seja eu) a indicar-te um caminho.
E, escusas de estar para aí a fungar (quem sabe a chorar baba e ranho!) porque, sexta-feira, vou dizer-te tudo isto de novo, encher-te de beijinhos e aí, sim, choramos as duas.

P.s.- A minha menina está a crescer. Bolas! Amo-te, sempre.

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