perdoa-me por nunca mais ter-te escrito algumas linhas. perdoa-me também pela minha desconfiança e por não me dar tanto para quem sempre amei (e amo). mas, com certeza que irás perceber quando te disser todas as minhas razões, quando te enfrentar e te expor os meus sentimentos. os sentimentos que escondo perante ti, perante os outros e, acima de tudo, perante mim, desde que foste embora. não vou negar que, o que fiz, para te esquecer, foi pouco. tenho de o admitir. nunca te quis distanciar nem pôr fora da minha vida. não precisei fazê-lo porque tomaste essa decisão sem me consultar. foste embora, sem uma palavra, sem um "adeus, volto depois". fizeste-me acreditar que esse "depois" nunca existiria. mas, não sou de desistir. se algo me ensinaste foi a lutar até ao fim, até não dar mais. e, chamem-me persistente (ou até burra), mas eu não via que fosse o fim. ou não queria acreditar que assim fosse. mas, a verdade é que acabaste por voltar. demorou, custou muito, foram derramadas carradas de lágrimas, mas tu voltaste. voltaste e, de novo, prometeste ficar para sempre, como das últimas vezes, em que acabaste por partir, sem razão. eu, calejada pelo medo de te perder, dei pequenos passos. prefiro não me iludir, sabes. mesmo que digas que "sou muito importante", que "tens saudades minhas", que "precisas de mim" ou que "não sabemos viver separados". prefiro manter aquela chamada "distância de segurança". mas, tu és tal e qual eu. não sabes desistir e quanto mais difícil é mais pica te dá. e, eu, como todas as mulheres, sou frágil, e não consegui resistir, por muito tempo, aos encantos de alguém como tu. ao teu charme, ao teu olhar doce, às tuas meias palavras, ao teu sorriso... tu, somente tu, conseguiste que, de novo, nos envolvêssemos. perdoa-me por ter continuado com a "distância de segurança", por não te dizer já que te adoro, mesmo que o percebas em todos os nossos beijos. não consigo dizer-to já. assim como não consigo dizer-te que quero mesmo ficar contigo. tu perguntas porquê. eu só te sei dizer que 10 meses podem mudar tudo mas, a partir daí tu mudas de país, mudas de vida e eu fico mais uma vez à nora. daí esta "distância de segurança" de que te falo. perdoa-me por ela e por contrariar ao máximo as minhas emoções, de todas as próximas vezes.
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