27 de fevereiro de 2014
19 de fevereiro de 2014
trocadilhos sinceros
eu gosto de sorrisos rasgados, de almas cheias e de pessoas alegres. preciso do som do mar a ecoar na minha cabeça e do suar do vento forte, que bate na minha janela, nos dias de inverno. preciso de coisas cheias. estou farta do vazio. estou cansada do tédio, da rotina dos dias e da ilusão das pessoas. eu gosto do sol, da chuva, do cheiro a terra molhada, gosto de olhar o céu estrelado, ou correr sem parar até onde me apetece. gosto de musica, muita e boa musica para os meus ouvidos. amo sentimentos, aqueles puros sem teias de aranha no sotão e sem medos. gosto de pessoas que dizem o que têm a dizer, que não escondem ideias e que lutam até ao fim. gosto da persistência dos humanos. gosto da teimosia consistente e acertada que os move. gosto do amor, gosto tanto dele. faz-me sonhar e, quase que consigo voar. gosto da água límpida e de uma bela tarde à beira rio. preciso de olhares, daqueles que penetram por nós a dentro e quase que nos lêem a vida. gosto de palavras, daqueles que por muito que sejam ditas, ouvidas ou escritas. não se gastam. continuam omnipotentes, cheias de garra e prontas para dar vida a mais uma data de histórias. é isso, eu adoro boas histórias. "E foram felizes para sempre". e, o "sempre" será para sempre o que mais me intriga, por não saber se existe mesmo. mas, nem essas dúvidas me fazem deixar de o amar. gosto de dormir, gosto e preciso. não gosto do tempo porque ele voa, mesmo não tendo asas. mas, admiro o barulho dos ponteiros e a forma como a máquina do antigo relógio funciona. gosto do mar. ai, o mar, é talvez aquilo que mais gosto. como as marcas e as memórias. gosto das saudades, mas não gosto de as sentir. apenas recordá-las momentaneamente e, depois, pensar que tudo continua lá, no mesmo sitio de sempre.
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Margarida*
reticências
só queria poder falar-te, sabes? dizer-te que as coisas não estão bem assim. que nem sempre somos nós os donos da razão e que geralmente as coisas não correm como queremos. queria poder dizer-te isto, sem medo. sem o medo forte de te perder...para sempre.
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Margarida*
18 de fevereiro de 2014
eu, o outro e o amor
lembro-me de ter apreendido, algures numa aula sobre o amor, que ele (esse complexo sentimento) nasce connosco, desenvolve-se connosco e que nunca morre em nós. o amor cresce connosco, em nós, por nós e para nós. esperamos, dos outros, o amor que estamos dispostos a conceder-lhe. esperamos dos outros a atenção, o respeito e o cuidado que também lhes damos (ou que deveríamos dar, mas também não damos...). esperamos que o outro tenha sempre um momento, no seu dia, guardado para nós, como nós temos sempre espaço, na nossa agenda para ele. esperamos, incessantemente que esse outro, independentemente de todos os trambolhões que já deu, cuide de nós. porque nós também cuidamos dele (ou queremos cuidar e ele não permite). esperamos, como se o dia não tivesse fim, do seu abraço. esperamos, noite fora, pelo seu olhar tímido, pela sua voz ofegante, pelo seu cheiro irresistível. mas, há dias e noites em que esse abraço tão desejado, essa voz tão penetrante e esse cheiro tão característico acabam por não chegar...
esperamos do outro, porque ele nos conhece melhor do que qualquer outro, o aconchego e abrigo aos nossos medos. mas, nem sempre, esse outro lá está, da mesma forma, para nós.
é só, por agora.
esperamos do outro, porque ele nos conhece melhor do que qualquer outro, o aconchego e abrigo aos nossos medos. mas, nem sempre, esse outro lá está, da mesma forma, para nós.
é só, por agora.
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Margarida*
Por Eduardo Sá
"é tão saboroso estar tão seguro do amor de alguém a ponto de um «sai da minha vida» se tornar num «chega-te para mim»..."
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Margarida*
4 de fevereiro de 2014
faltam-me as palavras
faltam-me as palavras quando escrevo sobre ti. é tal a desordem de sentimentos quando me vens à ideia. não sei o seu significado. apenas sei que não é bom sinal. nem bom presságio. mas, também não deixa de ser mau, não chega a ser muito forte. é apenas vago. chama-se nostalgia. chamou-se, outrora, de amor.
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Margarida*
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