és uma lição de vida.
quando nos cruzamos não consegui perceber as ambivalências e contradições que te invadiam. não conseguia chegar ao teu intimo e conhecer os teus fantasmas, reconhecer os teus medos. tornaste-te defensivo. não me deixavas conhecer-te. tentaste amedrontar-me. tinhas medo que (também eu) me aproximasse demais. que te conhecesse demais. que te quisesse mudar. e, que depois fosse embora. e, vim. vim, porque tinha de ser. não dependeu de mim. tu sabes.
mas não, nunca te quis mudar. acho que o percebeste a tempo.
não devemos mudar o que é genuíno. algo tão essencial para nós como o ar que respiramos. a tua frieza e amargura. a tua raiva e distanciamento. a tua hostilidade.
não mudes, por favor. porque é tudo isso que te defende, que te faz lutar por ti, por aquilo que és. és tu quem te protege.
mas, é claro, que todos esses pedaços de ti também te magoam. tentas proteger-te ao mesmo tempo que te magoas. cuida de ti. todos os dias.
prometo que um dia escrevo uma história sobre (para) ti.
(Ao R, pelas lições, pela história de vida, pelas recordações. pelas saudades. pelas marcas)
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