28 de dezembro de 2015

percebendo o que não se percebe

por vezes, enfrentamos o que julgávamos ser impossível. aquilo que pensávamos que não nos iria nunca acontecer. metemos o pé em território desconhecido (mesmo quando outrora o chamámos "casa").
metemos-nos em certas situações e temos de aprender a sair delas, a bem ou a mal. com feridas ou sem elas, temos de sair. fazemos-nos de fortes! um sorriso na cara, escudo protector num braço e espada na outra, e lá vamos nós. mantemos uma distância de segurança e estamos prontos para a guerra. mesmo que por dentro seja uma reviravolta de emoções, que o nosso pensamento seja um turbilhão de ideias, que as borboletas na barriga não nos larguem e as nossas mãos tremam e a voz gagueje. mas o que interessa é que nada disto se perceba... tudo isto só se pode passar na nossa cabeça. na hora H lá estamos nós...peito cheio, uma lufada de ar e gueeeeerra. e, depois sai tudo ao contrário! O inimigo baixou a guarda e está inofensivo, fazendo de conta que não existe um conflito. (pensamos que das duas uma...ou estamos a ficar paranóides...ou o outro lado ficou bipolar!). mas não...durante umas horas baixamos a guarda também... e os sentimentos voltam, mas nós não queremos e não podemos deixar. não dá, não dá mais. temos que ser fortes, porque nunca sabemos quando ele vai jogar uma carta escondida na manga e ganha mais uma batalha. e, nós não queremos que ele ganhe, de novo. temos de ser fortes, fingirmos-nos de fortes! e...ao fim...não percebemos...se ficamos...se vamos...se queremos ficar e se querem que fiquemos. não nos percebemos nem o percebemos ...também não fazemos perguntas...ficamos no silêncio...até ao próximo combate. 

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