28 de novembro de 2015
é tarde
pedaços de ti.
pedaços de nós.
porque te esqueces de aparecer?
porque é que os dias contigo são cada vez mais escassos?
porque é que o teu sorriso desvaneceu?
porque é que o teu abraço demora a chegar?
(saudades nossas.)
Publicada por
MF
25 de novembro de 2015
lições
és uma lição de vida.
quando nos cruzamos não consegui perceber as ambivalências e contradições que te invadiam. não conseguia chegar ao teu intimo e conhecer os teus fantasmas, reconhecer os teus medos. tornaste-te defensivo. não me deixavas conhecer-te. tentaste amedrontar-me. tinhas medo que (também eu) me aproximasse demais. que te conhecesse demais. que te quisesse mudar. e, que depois fosse embora. e, vim. vim, porque tinha de ser. não dependeu de mim. tu sabes.
mas não, nunca te quis mudar. acho que o percebeste a tempo.
não devemos mudar o que é genuíno. algo tão essencial para nós como o ar que respiramos. a tua frieza e amargura. a tua raiva e distanciamento. a tua hostilidade.
não mudes, por favor. porque é tudo isso que te defende, que te faz lutar por ti, por aquilo que és. és tu quem te protege.
mas, é claro, que todos esses pedaços de ti também te magoam. tentas proteger-te ao mesmo tempo que te magoas. cuida de ti. todos os dias.
prometo que um dia escrevo uma história sobre (para) ti.
(Ao R, pelas lições, pela história de vida, pelas recordações. pelas saudades. pelas marcas)
Publicada por
MF
16 de novembro de 2015
sobre nós, outra e outra vez
eu nunca me cansei de escrever sobre nós.
(...)
Desculpa! Desculpa tudo aquilo que eu não disse. Desculpa tudo aquilo que eu não fiz. Desculpa tudo aquilo que eu podia ter feito, mas não fiz. Desculpa, desculpa, só ter percebido quando partiste. todos os dias te pedi mais, exigi demais, massacrei de mais. Nunca estavas no sitio certo, à hora certa, com o abraço necessário. Nunca estavas onde eu queria que estivesses. Nunca dizias aquilo que eu precisava (queria) que dissesses. Nunca estavas lá. Mas...
Mas tu estiveste sempre lá. Mesmo quando não dizias o que eu queria ouvir. Mesmo quando não fazias aquilo que eu esperava (queria) que fizesses. O certo é que estavas lá... e, isso eu só percebi quando partiste.
Levaste com tudo. com as neuras. com os dramas e o mau humor. com as frustrações. levaste com tudo...e continuavas lá. Mas, (mais uma vez) não era suficiente (para mim). Eu pedia mais, exigia mais. Mas, não dava nada, não retribuía nada, não partilhava nada. E, hoje, quando saíste porta fora, eu fiquei sozinha. sem chão. sem rumo. sem porto de abrigo. sem ti. porque sempre quis mais. porque sempre quis mais de tudo, porque dei mais de mim a tudo, menos a ti. porque hoje, quando partiste, já era tarde.
Publicada por
Margarida*
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